Olá, queridos leitores.
Mais uma vez quero me desculpar por tanta demora em atualizar o blog. Vida muito corrida.
Hoje venho falar sobre um assunto muito triste, a morte de uma amiga (assim considero) e uma grande artista: GLÁUCIA GUERRA DE OLIVEIRA. No dia 02 de novembro do corrente ano, em CRUZ DAS ALMAS - BA.
Infelizmente, eu estava viajando, quando fiquei sabendo da morte de Gláucia Guerra, por isso não pude comparecer ao sepultamento, mas fiquei profundamente comovida com o ocorrido e gostaria de ter ido ao último momento, me solidarizar com a família e os amigos.
Não vou me estender muito, quero apenas ressaltar o talento, a garra e as qualidades dessa mulher que deixou grandes obras: na pintura, na música, na literatura com suas poesias, contos, etc, etc.
Eu já fiz uma postagem aqui sobre Gláucia Guerra, quando ela ainda estava entre nós (conferir: http://tomprosaico.blogspot.com.br/2013/06/musica-regada-poesiaou-poesia-regada.html).
A vida nos prega muitas peças; somos absorvidos pelo dia a dia, pelo trabalho pelo ritmo louco e muitas vezes nos privamos de estar com a família e os amigos e, quando nos damos conta...a vida passou; pois é, a vida passa rápido e deixamos muitas vezes de viver, de aproveitar os bons momentos, de fazer valer grandes momentos.
Abaixo, uma foto antiga (uma das poucas) em que GLÁUCIA GUERRA aparece.
Confiram a seguir dois poemas de Gláucia: Tear e Poema do Espanto.
TEAR
Tuas mãos audazes
varrem o meu salão de vísceras
e movem os plânctons
alagados de medos.
De tuas mãos o que é loquaz
são os suores que deslizam
em minha tez.
É onde me sinto morrer
no delicado tear
dos teus fios de murmúrios.
E tua linguagem de sustos
faz soluçar o medo que borbulha
enquanto um lago de lágrimas
inundam minhas mãos indefesas
presas a meu silêncio que me torce
e me aflige como areia movediça.
POEMA DO ESPANTO
Ó sangue efervescente
entre paredes de alabastro!
Lauto é o ácido diluente
corroendo os dentes trincados
entre canais de lúgubres ensaios
Ah! e esse desafio de mosteiro
entre velas descamadas
que me escapa o domínio.
Não vejo em que cérebro
os banquetes
são o interminável da fome,
da sede ardente.
Quisera o poema fulgurar saciado
escapando de um verso mísero.
Mas há um braço de lenha
feixes de dores e espanto
enquanto os lábios se devoram
num ato de penitência.
Abaixo, segue um acróstico de CYRO MASCARENHAS, em homenagem a GLÁUCIA GUERRA. Esse acróstico é uma síntese de quem foi essa grande mulher e revela títulos de algumas de suas obras. Bela homenagem, belo texto!
A vida nos prega muitas peças; somos absorvidos pelo dia a dia, pelo trabalho pelo ritmo louco e muitas vezes nos privamos de estar com a família e os amigos e, quando nos damos conta...a vida passou; pois é, a vida passa rápido e deixamos muitas vezes de viver, de aproveitar os bons momentos, de fazer valer grandes momentos.
Abaixo, uma foto antiga (uma das poucas) em que GLÁUCIA GUERRA aparece.
Da esquerda para a direita: Gláucia Guerra, Hermes Peixoto e Lita Passos Selecionando poemas para o I Concurso de poesias Cruz das Almas BA (Arquivo: Hermes Peixoto) |
Gláucia, Luís Guru, Lita Passos e Hermes Peixoto Casa da Cultura - Cruz das Almas - BA - 1989 (Arquivo: Hermes Peixoto) |
TEAR
Tuas mãos audazes
varrem o meu salão de vísceras
e movem os plânctons
alagados de medos.
De tuas mãos o que é loquaz
são os suores que deslizam
em minha tez.
É onde me sinto morrer
no delicado tear
dos teus fios de murmúrios.
E tua linguagem de sustos
faz soluçar o medo que borbulha
enquanto um lago de lágrimas
inundam minhas mãos indefesas
presas a meu silêncio que me torce
e me aflige como areia movediça.
POEMA DO ESPANTO
Ó sangue efervescente
entre paredes de alabastro!
Lauto é o ácido diluente
corroendo os dentes trincados
entre canais de lúgubres ensaios
Ah! e esse desafio de mosteiro
entre velas descamadas
que me escapa o domínio.
Não vejo em que cérebro
os banquetes
são o interminável da fome,
da sede ardente.
Quisera o poema fulgurar saciado
escapando de um verso mísero.
Mas há um braço de lenha
feixes de dores e espanto
enquanto os lábios se devoram
num ato de penitência.
Abaixo, segue um acróstico de CYRO MASCARENHAS, em homenagem a GLÁUCIA GUERRA. Esse acróstico é uma síntese de quem foi essa grande mulher e revela títulos de algumas de suas obras. Bela homenagem, belo texto!
ACRÓSTICO
G lória te seja, oh, poeta!
L aurel dos deuses mais sábios
A quem te juntaste, em simbiose,
U rdindo versos de esteta.
C om a magia da arte e cognição
I nimaginável aos mortais
A ssentastes afrescos da paixão.
G ueixa da pintura e da poesia,
U ma visionária que ao despir mantos
E ncontra luzes marginais da manhã
R efletidas em versos, com maestria,
R esvala por teu corpo e mente
A energia de mulher guerreira
D esvelando os delírios da vida
E m áura volátil, passageira...
O nde quer que o amor proclame
L iberdade, sem afasia,
I nvadindo espaços sombrios
V encidas serão as amarras
E lá estará a tua poesia
I dentificada com as telas
R utilantes e coloridas -
A sserção de divina parceria.
Eu gostaria de publicar outras obras de GLÁUCIA, porém, não disponho de muita coisa aqui. Fica então, meu reconhecimento, minha singela homenagem a essa grande artista e os meus sinceros sentimentos à família GUERRA.
CARPE DIEM!!
E lá estará a tua poesia
I dentificada com as telas
R utilantes e coloridas -
A sserção de divina parceria.
Eu gostaria de publicar outras obras de GLÁUCIA, porém, não disponho de muita coisa aqui. Fica então, meu reconhecimento, minha singela homenagem a essa grande artista e os meus sinceros sentimentos à família GUERRA.
CARPE DIEM!!