Estamos vivendo dias de muita poluição sonora com esses carros e mídias que divulgam os candidatos à política. Tem de tudo; os perfis são muito diversificados. Vai desde os veteranos, bem informados sobre o processo político, até os que não entendem "bulufas de nada", pois o que interessa mesmo é a "mamata", é ingressar na política, pois é um meio de ascensão social e econômica.
É comum contemplarmos esse quadro (nada prazeroso) de candidatos que sobem nos palanques e prometem "mundos e fundos" e depois que são eleitos, dão um "pontapé no traseiro do povo"; com permissão da expressão.
Eu já estou saturada de passar nas ruas e ser abordada por essa corja de hipócritas que só querem me usar, assim como fazem, certamente com outros eleitores. Para eles eu dou todo o meu desprezo. Está difícil fazer uma triagem nesse meio, mas protesto do jeito que posso.
Semana passada fui abordada por um então vereador e ele me pediu o voto para mais essa eleição e eu respondi que estava muito decepcionada com o partido dele, não apenas com o partido, mas com todos os integrantes desse partido, o PT (Perda Total) que está afundando o país e, demonstrei a minha indignação contra o governador da Bahia Jaques Wagner. O vereador, então me respondeu que não concordava com o que o governador, do partido dele, estava fazendo com o funcionalismo, especialmente com os professores da rede estadual que amargaram 115 dias sem salários, sem direito ao crédito alimentíco, com margem de empréstimo bloqueada no banco, assim como o adiantamento do 13º salário, pois o (des)governador tirano havia fechado todas as portas para intimidar os professores e professoras que estavam em greve.
Eu respondi que, teoricamente ninguém concordava, mas que ninguém fazia nada para mudar o referido quadro. Eu me referia aos políticos da situação, da oposição, ao ministério público, ao ministério do trabalho, ao tribunal de justiça, ao governo federal, etc, etc. E, pedi licença, saindo em seguida.
Lembrei-me então, do Bispo católico, Dom Manuel Edmilson Cruz, do Ceará que deixou o senado federal na maior "saia justa", quando convidado para receber uma placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos, Dom Hélder Câmara.
O Bispo, ao discursar, recusou veemente a homenagem em protesto ao reajuste abusivo de 61,8%, aos salários, outorgado e comandado pelos próprios deputados e senadores. Sabem o que ele disse?
“A comenda hoje
outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder
Câmara. Desfigura-a, porém. Asseguro, sem ressentimentos e agindo por
amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro
todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. O público aplaudiu a
decisão. Se eu estivesse presente nesse evento, aplaudiria de pé.
O Bispo protestou, por meio daquela homenagem, pois entendia que a atitude dos parlamentares era uma afronta ao povo sofrido que amarga nas filas dos hospitais, gemendo de dor e por atendimento digno. Ele protestou contra o descaso com o cidadão de bem, digno, que está à mercê da violência, da falta de investimento na saúde, que é vítima de injustiças sociais, enquanto esses políticos "deitam e rolam" com o dinheiro público. Dom Manuel ainda afirmou que o aumento abusivo de salários dos parlamentares “é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte.
Fere a dignidade do povo brasileiro que com o suor de seu rosto
santifica o trabalho diário. Atitude digna de respeito, essa do Bispo! Tiro o meu chapéu, aplaudo e recomendo!
Vamos protestar nessas eleições contra todos os politiqueiros que usurpam o direito do povo, que tentam ludibriar o cidadão. Eles precisam aprender e tomar vergonha na cara! Precisam aprender o verdadeiro significado da palavra TRABALHO, COMPROMISSO, DIGNIDADE E RESPEITO! E mais, precisam colocar em prática e não ficar fazendo de conta, pois já estamos saturados de tanta enganação!
Carpe diem!!
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