Recentemente
foram divulgados os resultados do IDEB — Índice de desenvolvimento da Educação
Básica —, com base nos dados de 2011. Essa avaliação objetivou saber a
situação das escolas públicas. O IDEB avaliou 28.514 escolas e o resultado foi
que, mais de 12 mil dessas escolas não atingiram o índice desejável nas séries
finais do ensino fundamental, ou seja, 44% das escolas avaliadas.
Segundo
a pesquisa, a meta não foi alcançada em mais da metade das escolas de 14
estados brasileiros, a maioria nas regiões Norte e Nordeste.
“Para o senador
Cristovam Buarque, membro da Comissão de Educação do Senado, os resultados do IDEB
representam o nível de desigualdade do ensino no país. ‘O IDEB enquanto índice
está bom, a escola é que está ruim’, diz Cristovam. Ele ressalta, no entanto,
que IDEB alto não significa, necessariamente, que a escola seja de boa
qualidade.”
Além
do senador Cristovam Buarque, o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin, ressalta que “para serem
válidos, os índices deveriam medir também as condições de trabalho dos
professores e a situação de infraestrutura das escolas. "Muitas escolas
ficam preocupadas, apenas, em melhorar o desempenho no IDEB, importando até o
modelo de ensino privado", fala Franklin.
Percebemos
hoje em dia que, muitas escolas pautam o seu ensino visando os concursos
vestibulares e o ENEM. Prepara-se o estudante para concursos e, muitas vezes,
esquece-se de preparar para atuar na sociedade como verdadeiro cidadão,
respeitando o outro, lutando pelos seus direitos, cumprindo seus deveres e contribuindo
para construir um mundo mais digno e justo para todos.
Também,
fala-se muito em “investimentos do governo”, em “escola para todos”, em
“educação como prioridade”, etc., etc., mas na prática sabemos que a educação
no Brasil deixa muito a desejar.
Na Bahia, por exemplo, a educação vai de mal a pior, ainda mais que. esse estado está sendo "comandado" pelo desgovernador que não cumpre as leis e ainda oprime os cidadãos e cidadãs e quer que eles sejam cumpridores das leis. Os trabalhadores e trabalhadoras são meros mortais, mas o Jaques Wagner não...ele se acha o tal, o "comandante", o "braço forte", "o imbatível", "o grande".
Ninguém sabe de onde surgem tantos dados positivos se não há investimentos efetivos na educação. Há muito, sim, faz de conta. Profissionais da educação insatisfeitos, verbas do Fundeb mal aplicadas, pra não dizer desviadas; professores mal pagos, desrespeitados em seus direitos, alunos sendo tratados como "meninos" desprotegidos e "usados" pelos professores, como Jaques Wagner mesmo afirmou na greve, só porque os estudantes tomaram consciência da situação, abriram os olhos para a forma como o governador trata a educação no estado da Bahia.
No restante do país não é muito diferente não. A educação passou a ser manobra de politiqueiros que querem se promover e usam a educação como escudo, como arma para garantir votos e...muito dinheiro nas contas pessoais.
Não
precisamos de frases feitas, de “projetos bonitos, mirabolantes”,
“impactantes”, se de fato eles realmente não forem eficazes, se na prática eles
não funcionarem. Os governantes desse país precisam encarar a educação como uma
prioridade e não como um mecanismo para fazer política barata, para ludibriar o
povo ou para fazer de conta.
Os governantes desse país precisam levar a sério a educação; precisam verdadeiramente investir em projetos que contemplem os estudantes; precisam investir na qualificação continuada dos profissionais da educação; precisam investir em infraestrutura. Portanto, uma
sequência de fatos precisa ser ajustada a fim de ressignificar a educação
brasileira. Assim, teremos não apenas índices positivos do IDEB, mas educação
de qualidade... e, de verdade!
Esses últimos dias estamos ouvindo muito "blá blá blá" em torno desse assunto, afinal, estamos às vésperas das eleições municipais e discursos fajutos não faltam. Prometem-se muuuitas coisas. Chegamos até duvidar que se trata de BRASIL. Parece que os tais projetos vão ser realizados em qualquer outro país do mundo, menos aqui. É muita mentira que se prega e o pior...sem nenhum escrúpulo, com a cara mais deslavada, como se diz. Também, temos de considerar uma coisa: vergonha não chegou pra todo mundo não.
Eu fico impressionada (embora não devesse, pois a inversão de valores hoje em dia está se tornando algo corriqueiro) com o cinismo de muitos políticos e candidatos ambiciosos (da mesma estirpe, se assim posso falar), descompromissados com a causa do povo. Tais candidatos estão prometendo coisas que nem eles sabem como fazer para realizá-las. Tudo isso causa muita indignação e vergonha!
Mais uma vez quero chamar a atenção do povo brasileiro. Não vote em candidatos vagabundos, mentirosos, maledicentes, sem projetos de governo e que não estão interessados em governança nem em vereança. Mas, você leitor, pode até me perguntar: e tem candidato/político com outro perfil? Sei que é muito raro...é como encontrar "agulha no palheiro", mas creio que ainda existe. Mesmo que, no meio de um milhão existam poucos, vamos garimpar, vamos procurar e se não acharmos...votemos nulo para ensinar esses políticos que educação e governo se faz com responsabilidade, respeito e dignidade.
Eu não gosto muito dessa história de votar nulo não, mas se é pra obrigar os candidatos fajutos, ficha suja a pularem fora, eu voto nulo sim, pois não vou passar "uma procuração" para um indivíduo despreparado me representar e oprimir as pessoas.
Façamos um propósito de denunciar as irregularidades, de denunciar a corrupção para ver se de alguma forma podemos banir os ladrões de plantão que se infiltram na política. Sonhar não custa nada. Agir para que a mudança aconteça também é possível.
CARPE DIEM!
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