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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E O NATAL CHEGANDO!


Pois é, queridos leitores, o Natal está chegando...contagem regressiva.

Mas qual o sentido do Natal? É o próprio JESUS comandando nossas ações, nossos pensamentos. E isso só ocorre uma vez no ano? Obviamente que não. Contudo, muitas vezes somos tão hipócritas, tão acomodados que só nos despertamos para isso em dezembro, mês que se comemora o nascimento de JESUS CRISTO, O MARAVILHOSO CONSELHEIRO, O DEUS FORTE, O PAI DA ETERNIDADE, O PRÍNCIPE DA PAZ (Isaías 9:6).

Deixo com vocês dois poemas, um de Drummond, que não passa de uma utopia (quem dera se tornasse realidade) e um outro de Marcos Brasileiro, também significativo, pois fala sobre o poder transformador do Natal, o qual não deve ser provisório, mas constante em nossas vidas.

Vou deixar que eles mesmos falem sobre o conteúdo, a essência do Natal.



ORGANIZA O NATAL

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.

Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade. 
                                                                                                (Carlos Drummond de Andrade)



NATAL, TEMPO DE TRANSFORMAÇÃO

Resplendeceu uma luz,
Numa terra angustiada.
Aonde a vida conduz,
Numa esperança que surgiu,
Chamada Jesus.
Como resplendor
Dos corações aprisionados.
Jesus veio vivenciar o nosso passado.

Onde o mundo vivencia,

Essa profecia.
De que um menino nasceu,
O principado Rei dos Judeus.
De um nome maravilhoso.
Conselheiro e poderoso.

Um Deus forte de toda eternidade,
O príncipe da paz de toda lealdade.
O nosso libertador,
Que veio ao mundo sofrer por amor.
É Natal, época de celebrar
A Jesus Cristo o nosso Senhor.
Por meio desse ato de amor,
O Natal é um tempo transformador.
Em sua luta pela vida,
Ele é o nosso meio e saída.

Iluminado pela luz de Cristo,
Numa mudança de liberdade
De quem acredita no poder em meio a tudo isto,
Glorificando a Deus na essência de sua verdade.
                                                         ( Marcos Brasileiro)

Tenham todos um magnífico Natal! Celebrem o nascimento de Cristo e lembrem-se que tanto o Natal quanto a nossa vida só tem sentido se estivermos refletindo constantemente a presença, a essência desse amor grandiosos em nossas vidas e colocando em prática também para com aqueles que nos cercam.

Muita Paz, muita harmonia, muita alegria, muita Luz...de Cristo. FELIZ NATAL! FELIZ VIDA!

"Lembre-se, se o Natal não for encontrado no seu coração, também não o encontrará debaixo da árvore.

CARPE DIEM!!!


2 comentários:

  1. FELIZ NATAL, PROFESSORA ABIGAIL FONSECA...

    Saúde, saúde e saúde, fã de poesia!

    Que DEUS lhe guarde, SEMPRE!

    Forte abraço!!!

    Osmar Filho.
    25/12/2013

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    Respostas
    1. Obrigada, querido Osmar, pela sua contribuição de sempre.

      Desejo muitas bençãos para você e sua família.

      Grande abraço.

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