Eu já postei aqui em outro momento sobre a violência nos ambientes de aprendizagem em todo o Brasil. Contudo, mais uma vez quero retomar o assunto, tendo em vista a frequencia com que o tema tem sido veiculado por diversas mídias.
Delmiro salvione Bonin - Foto Divulgação |
No dia 28 de junho, do corrente ano, Delmiro Salvione Bonin, de 55 anos, foi atingido por um adolescente de 16 anos, ao sair da escola da qual era gestor. No momento em que estava entrando no ônibus para ir para casa, o diretor foi alvejado por pelo menos quatro dos seis tiros disparados pelo aluno, conforme informações do 8º BPM (Batalhão da Polícia Militar).
Dias depois, após ser preso, o adolescente tentou justificar o seu ato, afirmando que matou o diretor porque "ele enchia o saco". O garoto conta que estava com raiva do sr. Delmiro porque quando ele saía da sala para beber água ou ia ao banheiro, o diretor mandava ele voltar para a aula e enchia o saco”, relata Noveli, o adolescente.
(Luciara Ferreira dos Santos - Foto: Janaína Carvalho/G1) |
Um outro caso de agressão e desrespeito é o da professora Luciara Ferreira dos Santos, 38 anos, que ocorreu em agosto de 2009. Ela escrevia no quadro quando teve suas nádegas fotografada por uma aluna de um colégio religioso de Campo
Grande, na Zona Oeste do Rio. A discente publicou a foto em uma rede social da internet e ainda ironizou a imagem, complementando com a seguinte frase: “Kkkkkkk. Se perde aí na televisão de plasma de 42
polegadas”.
Luciara conta que foi muito humilhada, exposta ao ridículo e ficou traumatizada com o ocorrido. Depois disso, ela resolveu entrar na justiça e mover uma ação contra os pais da aluna, uma vez que ela era menor de idade na época. Recentemente Luciara ganhou a causa na justiça e agora vai comprar...o quê? Uma TV de 42 polegadas com o dinheiro da indenização. Janaína conta que o mais importante disso tudo é o caráter punitivo pedagógico; o resultado serve de incentivo para outros profissionais em educação que são vítimas de situações desse tipo.
A onda de violência não para de crescer e os dirigentes de escolas e professores, assim como o corpo de apoio estão cada vez mais ameaçados diante do comportamento hostil dos alunos.
A falta de segurança e o desrespeito a que nós, professores e professoras, principalmente, estamos sendo acometidos tem nos deixado extremamente assustado(a)s. É bom ressaltar que não se trata de violência simbólica, teoria defendida por Bordieu e Passeron, mas de violência real, expressa pela agressão física ou verbal.
Mas, cabe aqui questionar quem são os culpados de todo esse processo crescente de violência? Os pais? Os alunos? Os professores? Os governantes? A sociedade? Infelizmente todos temos nossa parcela de culpa.
Vivemos em uma sociedade que já não sabe lidar com valores como respeito, solidariedade, altruísmo e ética, só pra citar alguns. São famílias desajustadas, falta de políticas públicas, governantes ambiciosos, descompromissados; é a escola que deveria, efetivamente se pautar em uma política pedagógica séria e eficaz.
Precisamos assumir nossos papeis: pai e mãe exercendo seus papeis; professor sendo professor; o poder público propiciando a educação permanente como direito social coletivo, com políticas públicas inclusivas e abrangentes a todos os cidadãos e cidadãs, como outorga a Constituição. Acredito que, a partir desses princípios conseguiremos banir a violência não apenas dos ambientes de aprendizagem, mas também da sociedade de uma forma geral.
Assumamos nossos papeis com responsabilidade e compromisso para termos educação de qualidade e um mundo melhor, em que a paz, o respeito e a cidadania estejam presentes.
"SE A IGNORÂNCIA É A PRINCIPAL ARMA DOS EXPLORADORES, A EDUCAÇÃO É O INSTRUMENTO PARA A TRANSPOSIÇÃO DA MARGINALIDADE PARA A CIDADANIA, ÚNICA MEDIDA DO DESENVOLVIMENTO DE UM POVO."
(Professor Paulo Afonso Garrido de Paula)
Carpe diem!!
A onda de violência não para de crescer e os dirigentes de escolas e professores, assim como o corpo de apoio estão cada vez mais ameaçados diante do comportamento hostil dos alunos.
A falta de segurança e o desrespeito a que nós, professores e professoras, principalmente, estamos sendo acometidos tem nos deixado extremamente assustado(a)s. É bom ressaltar que não se trata de violência simbólica, teoria defendida por Bordieu e Passeron, mas de violência real, expressa pela agressão física ou verbal.
Vivemos em uma sociedade que já não sabe lidar com valores como respeito, solidariedade, altruísmo e ética, só pra citar alguns. São famílias desajustadas, falta de políticas públicas, governantes ambiciosos, descompromissados; é a escola que deveria, efetivamente se pautar em uma política pedagógica séria e eficaz.
Precisamos assumir nossos papeis: pai e mãe exercendo seus papeis; professor sendo professor; o poder público propiciando a educação permanente como direito social coletivo, com políticas públicas inclusivas e abrangentes a todos os cidadãos e cidadãs, como outorga a Constituição. Acredito que, a partir desses princípios conseguiremos banir a violência não apenas dos ambientes de aprendizagem, mas também da sociedade de uma forma geral.
Assumamos nossos papeis com responsabilidade e compromisso para termos educação de qualidade e um mundo melhor, em que a paz, o respeito e a cidadania estejam presentes.
"SE A IGNORÂNCIA É A PRINCIPAL ARMA DOS EXPLORADORES, A EDUCAÇÃO É O INSTRUMENTO PARA A TRANSPOSIÇÃO DA MARGINALIDADE PARA A CIDADANIA, ÚNICA MEDIDA DO DESENVOLVIMENTO DE UM POVO."
(Professor Paulo Afonso Garrido de Paula)
Carpe diem!!
Querida Professora Abigail,
ResponderExcluirÉ certo que os governos estão colocando os professores em situações ridículas perante os alunos.
E fazem isso propositalmente, articulando cada ponto. Basta ver os discursos "ensaiados" que são proferidos pela CORJA GOVERNAMENTAL.
Política PODRE na EDUCAÇÃO não poderia dar outro resultado que não seja a VIOLÊNCIA. Evidente que a educação em casa deve ser efetiva, o que não acontece.
Eita GOVERNOS BRASILEIROS VAGABUNDOS!
Ótima postagem e forte abraço!
Osmar Filho.
07/07/2012
Osmar
ResponderExcluirParece que o mundo está "de cabeça para baixo". Atualmente vemos uma inversão muito grande de valores: o que era certo, ético, hoje é tido como obsoleto, arcaico. Vivemos em um mundo em que se valoriza mais o TER em detrimento do SER. É o mundo do oportunismo, dos interesses medíocres, de relações e objetivos mesquinhos.
Precisamos ser referência e conscientizar as pessoas menos informadas de seus deveres e também dos seus direitos, da força que nós, todos temos quando estamos juntos.
Enfim, precisamos construir um mundo mais humano, mais justo, ainda que contrarie os politiqueiros, os opressores e tiranos.
Obrigada pela colaboração de sempre.
Abraço.
Abigail