Leitoras e leitores queridíssimos.
Uffa! Chegamos ao fim dessa série de "Cartas de amor".
Em "Cartas de Amor I" falamos sobre as cartas que Garret Blake (Kevin Costner) escreveu à sua esposa, Catherine (Susan Brightbill). Tais cartas foram encontradas por Theresa Osborne (Robin Whrite), que resolveu investigar a história e descobre que Catherine morreu de forma precoce. Theresa e Garret se conhecem, e eles logo se apaixonam. Contudo...ah, por favor, assistam ao filme, vale muito a pena, vou contar não...rsss.
Em "Cartas de amor II" mostramos uma das cartas que o músico Bethoveen escreveu para a sua "Amada imortal" e como ele expressa, em seu texto todo o conflito, todo vazio que ele enfrenta por conta da distância que os separa.
"Cartas de Amor III!" evidencia um misto de amor, saudade e tristeza que muitos encontraram por não terem a companhia do objeto amado. Personalidades como Mark Twain, escritor e humorista norte americano, Yoko Ono, viúva de John Lennon e Karl Marx foram destaques nessa postagem.
Nessa última postagem da reunião de cartas de amor quero destacar mais algumas cartas, a exemplo daquela redigida pelo escritor francês Vitor Hugo à sua esposa, Adèle Foucher; a carta que o também escritor Gustave Flaubert enviou à Louise Colet; e por fim, veremos o que Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa escreveu sobre as cartas de amor.
Agora, vejamos o que as cartas dizem.
“Eu a amo, é verdade, até mesmo eu; pelo bem dela estou disposto a tudo sacrificar alegremente – tudo, até mesmo a esperança de ser amado. (…) Meu dever é seguir-lhe de perto os passos, cercar a existência dela com a minha, servir-lhe de barreira contra todos os perigos, oferecer-lhe minha cabeça como apoio, colocar-me incessantemente entre ela e todas as tristezas, sem demandar qualquer prêmio, sem esperar qualquer recompensa.”
(Victor Hugo para a esposa, Adèle Foucher)
“Teu amor acaba de infiltrar-se em mim como uma chuva tépida e encharca-me até o fundo do coração. (…) Então, não tendes tudo o que me é necessário para amar-vos – corpo, mente, ternura? És uma alma simples, mas uma mente resoluta, muito pouco poética e extremamente poeta; não há em ti nada que não seja bom. (…) Às vezes, tento imaginar teu rosto envelhecido e me parece que te amarei tanto quanto, ou talvez até mais, do que te amo hoje.”
(Gustave Flaubert para Louise Colet)
Querem saber a teoria de Álvaro de Campos sobre todas essas cartas de amor?
TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos, 21-10-1935
Leitores e leitoras, eu lanço a pergunta a vocês: Todas as cartas de amor são ridículas? O que vocês acham? Podem comentar, compartilhar a opinião de vocês tá?
A bem da verdade, vocês não pediram minha opinião, mas mesmo assim eu vou dar (rss). Eu penso como Álvaro de Campos: ridículo mesmo é quem nunca escreveu ou nunca recebeu cartas de amor. (rss).
Não importa se a declaração venha em seu formato antigo, como a carta. Não importa se chega em forma de bilhete, telefonema, e-mail ou torpedo, o formato não importa, o que importa é a essência, é o sentimento, é a nobreza do sentimento. Não precisa necessariamente ser "água com açúcar", pode ou não ser romântico e se for, que seja com "os pés no chão". Basta ser autêntico, isso é tudo!
E por falar em autenticidade, conversando com meu sobrinho, Thiago, sobre essas postagens "Cartas de amor", ele me deu uma boa ideia que foi falar sobre uma carta-poema que meu pai escreveu quando ele fez 50 anos. Nessa carta ele faz um retrospecto de sua vida, desde quando seus pais se conheceram (meus avós) até o momento em que ele conhece minha mãe e, logo se apaixona por ela.
Procurei alguns poemas e cartas que ele escreveu, mas assim na pressa não deu para achar, então resolvi publicar um trechinho mesmo da referida carta-poema, em que meu pai fala que encontrou a minha mãe, que se destaca entre outras mulheres. Vejam um trechinho:
"Despertado para a vida amorosa já na fase jovem, surgem muitas rainhas e brotam muitas rosas humanas! Das que se afloraram, algumas deixaram-me lembranças inesquecíveis e sinceras. Dentre estas ressurgiu a Edite..."
Romântico, não? Tive a quem puxar...rss.
Bem, quero reiterar aqui a necessidade de amar, amar sempre, sem medida e de forma equilibrada (paradoxal?), pois podemos "falar a língua dos anjos e dos homens, mas se não tivermos amor, de nada nos aproveita." (I Coríntios 13 - Bíblia).
E para encerrar essa lonnga postagem, deixo para vocês a música "PRIMAVERA", com Aline Barros.
Feliz dia dos namorados. Felizes todos os dias.
CARPE DIEM!!!
Que lindo!
ResponderExcluirLindo, sim. O amor é lindo...rss.
ExcluirObrigada por sua participação, viu?
Abraço.