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quarta-feira, 11 de junho de 2014

CARTAS DE AMOR III

Queridos leitores.

Estou amando essa ideia de postar cartas de amor de grandes homens e mulheres para os seus respectivos amores. Estou descobrindo o lado romântico de muitos homens que eu julgava austero, impassível. Mas, para o o amor não tem isso, não é mesmo? Ele é atemporal, não escolhe etnia, idade, condição social ou qualquer outra característica; barreiras são derrubadas e o amor triunfa. Vixe, será que o romantismo me pegou? Rss. 

Leitores, obviamente que dificuldades surgem em nosso cotidiano. Sempre "tem uma pedra no meio do caminho", como já poetizava Drummond, contudo, essa "pedra" pode ser positiva ou não, tudo dependerá do foco que daremos à ela quando se interpuser em nosso caminho.

Mas, chega de filosofar e vamos às cartas.

Bem, hoje irei falar sobre três personalidades bastante conhecidas e que viveram em épocas diferentes, mas que têm em comum um sentimento nobre: o amor

O primeiro destaque vai para KARL MARX, intelectual alemão, fundador da doutrina comunista moderna e autor de teorias ligadas à política, à sociedade e à economia.

Marx trocou várias cartas de amor com Jenny von Westphalen, a qual viria a ser sua esposa mais tarde. Como a família não aprovava o namoro, restou-lhes as cartas de amor para sustentar o sentimento e a relação.

Vamos ver um pouquinho dessas cartas?

Meu coração bem-amado:

“Escrevo-te, porque estou só e me perturba sempre dialogar contigo na minha cabeça sem que o saibas e me possas responder.

Por má que seja a tua fotografia, presta-me esse serviço e compreendo agora como as efígies da mãe de Deus mais odiosas, as virgens negras, podem encontrar admiradores incansáveis. Nenhuma dessas imagens foi jamais tão beijada, olhada e venerada que a tua foto, que não reflete de modo algum a tua querida, terna e adorável doce figura. Mas os meus olhos, por ofuscados que estejam pela luz e tabaco, ainda a podem reproduzir não só em sonhos, mas também acordados.

Tenho-te, deslumbrante, diante de mim. Toco-te e beijo-te, da cabeça aos pés. Caio de joelhos na tua frente e gemo: « I love you, minha senhora... Amo-a de verdade muito mais que o Mouro de Veneza jamais amou... » O meu amor por ti, assim que te afastas apresenta-se-me pelo que é: um gigante que absorve toda a energia do meu espírito, toda a substância do meu coração. Sinto-me de novo um homem, porque tenho uma grande paixão...”

Segue outra carta

“Meu amor, enquanto nos separa um espaço, estou convencido de que o tempo é para o meu amor como o sol e a chuva são para uma planta: fazem crescer. Basta você ir, meu amor por você apresenta-se a mim como ele realmente é: gigantesco; e nele se concentra toda minha energia espiritual e toda a força dos meus sentidos …. Você vai sorrir, meu amor, e te perguntarás por que eu caí na retórica. Mas se eu pudesse pressionar contra o meu coração o seu, puro e delicado, guardaria em silêncio e não deixaria escapar nem uma só palavra.”


Nossa, que lindo! Estou aqui suspirando...rss.

Bem, entre um suspiro aqui, outro ali, vamos em frente e dessa vez bisbilhotar uma carta que YOKO ONO escreveu para John Lennon, mesmo após sua morte e prestes a completar o 27º aniversário de morte do cantor, ex-Beatles.

Nessa carta Yoko expressa sua dor, fala sobre a ausência física de Lennon e ressalta a presença espiritual constante dele ao seu lado.

Eis a carta:


“Sinto saudades, John. 27 anos se passaram e ainda desejo poder voltar no tempo até aquele verão de 1980. Lembro-me de tudo – dividindo nosso café da manhã, caminhando juntos no parque em um dia bonito, e ver sua mão pegando a minha – que me garantia que não deveria me preocupar com nada, porque nossa vida era boa. Não tinha ideia de que a vida estava a ponto de me ensinar a lição mais dura de todas. Aprendi a intensa dor de perder um ser amado de repente, sem aviso prévio, e sem ter o tempo para um último abraço e a oportunidade de dizer “Te amo” uma última vez.

A dor e o choque de perder você tão de repente está comigo a cada momento de cada dia. Quando toquei o lado de John na nossa cama na noite de 08 de dezembrode 1980, percebi que ainda estava quente. Esse momento ficou comigo nos últimos 27 anos – e vai ficar comigo para sempre.

Ainda mais difícil foi ver o que foi tirado de nosso lindo filho Sean. Ele vive com uma raiva silenciosa por não ter seu pai, a quem ele tanto amava e com quem compartilhou sua vida. Eu sei que não estamos sozinhos. Nossa dor é compartilhada com muitas outras famílias que sofrem por serem vítimas de violência sem sentido. Esta dor tem de parar. Não percamos as vidas daqueles que perdemos. Juntos, façamos o mundo um lugar de amor e alegria e não um lugar de medo e raiva. Este dia em que se comemora a morte de John, tornou-se cada vez mais importante para muitas pessoas ao redor do mundo como um dia para lembrar a sua mensagem de Paz e Amor e fazer o que cada um de nós podemos fazer para curar este planeta que nos acolhe. Pensem em Paz. Atuem em paz. Compartilhem a Paz. John trabalhou para ele toda a sua vida. Ele costumava dizer: “Sem problemas, somente soluções”. 

Lembre-se, estamos todos juntos. Podemos fazê-lo, devemos. Eu te amo! Yoko Ono Lennon.”

Bem, para encerrar por hoje, vejamos um trecho de uma das cartas que MARK TWAIN escreveu para Olívia Langdon. Mark Twain é na realidade o pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, escritor e humorista norte americano.

Vejamos um pequeno trecho da carta, porém, carregado de lirismo.


“Passaram seis anos desde que alcancei o meu maior êxito na vida ao conquistar-te. (…) és querida por mim todos os dias, ainda mais do que o último aniversário; és mais querida então mais do que um ano antes – tu és cada vez mais querida desde o primeiro aniversário, e não duvido que esta bela progressão continuará até ao fim. Olhemos para os futuros aniversários, com a idade e os cabelos grisalhos, sem medo e sem tristeza, confiando e acreditando que o amor que temos um pelo outro será suficiente para os tornar abençoados."

Queridos, por hoje é só. Ainda tem mais amanhã e a conclusão dessa série de "CARTAS DE AMOR" na quinta-feira, dia 12. Aguardo vocês, não percam!

Enquanto isso, continuem demonstrando amor, mesmo em meio às intempéries da vida. Quando não der mais, mudem de direção, de rota, de atitude, pois "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", já dizia o poeta português, Fernando Pessoa

Não esqueçam: o importante é ser feliz. Primeiro consigo mesmo, depois com outra pessoa, ok?

Ah, hoje o vídeo fica por conta de Oswaldo Montenegro com: "METADE".

CARPE DIEM!!!



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